A acusação, partida do jornalista Ancelmo Goes, do jornal O Globo, foi violentamente contestada em nota oficial do MEC, na qual a censura é atribuída ao governo Temer, e o jornalista de O Globo é acusado de ser agente da KGB, similar da CIA na ex-URSS.

Em resposta ao MEC, o jornalista Ancelmo Goes provou que, pelo menos até o dia 02 de janeiro de 2019, o site da TV INES mantinha no ar os vídeos sobre Marx e Nietzsche. Então, isso prova que os vídeos foram retirados do ar nessa nova gestão do MEC.

Para a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), o episódio revela duas situações da mais alta gravidade, que desmoralizam o atual ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez e evidenciam sua falta de preparo e sua leviandade. “Primeiro há que se registrar que se trata de uma inaceitável censura a retirada de vídeos da TV INES relacionados com pensadores históricos que não são da simpatia do atual governo. Depois e mais grave, há o fato do ministro da Educação tentar esconder a censura praticada sob sua alçada e jogar o absurdo ato nas costas do governo Temer. Temos aí um ministro que, além de censor, é um leviano que não assume seus atos discricionários à frente do MEC”, completou a deputada baiana.

Para ela, esse tipo de episódio, somado às declarações do ministro da Educação de que a universidade brasileira não pode ser para todos e sim para uma elite pensante, deixam cada vez mais evidente o despreparo de Velez Rodrigues para assumir o cargo de ministro da Educação de nosso país.

Por isso, é fundamental que o MEC cumpra o que afirmou na nota oficial de que irá levantar os responsáveis pela retirada dos vídeos e reinserir todo o material que foi apagado do site da TV INES, que é o primeiro canal bilíngue do Brasil com conteúdo 100% acessível a surdos e ouvintes, uma importante ferramenta de inclusão social para a população brasileira.