Após destacar a arrogância de Bolsonaro, lideranças da oposição no Congresso se mostram solidários ao presidente que foi diagnosticado com Covid-19. Ele sempre desafiou as recomendações médicas sobre o uso de máscara e manter o isolamento social.

“Eu jamais desceria ao nível do presidente, quando desejou a morte de Dilma Rousseff”, lembrou a líder do PCdoB na Câmara, Perpétua Almeida (AC). “Desejo que Bolsonaro se cure e a doença lhe sirva para ser uma pessoa menos ruim, capaz de se colocar no lugar do outro, dos que ficaram gravemente doentes e das famílias que perderam entes queridos”, completou.

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) foi na mesma linha, mas questionou as responsabilidade de Bolsoanro. “Foi confirmado que Bolsonaro está com coronavírus. Não serei daqueles a desejar o pior. Destilar ódio não é minha praia, ao contrário do que ele e seu grupo fazem com os outros. Mas há uma questão: ele será responsabilizado pelo comportamento que pode ter infectado centenas?”, indagou.

O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), desejou a Bolsonaro pleno restabelecimento. Ele lembrou que é preciso tomar cuidados porque esta doença é perigosa e traiçoeira, e já levou a vida de milhões de brasileiros. “Fui vítima da COVID, e em instantes, o quadro pode se tornar muito grave! Solidariedade”, escreveu o senador no Twitter.

O líder da Minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), lembrou que Bolsonaro classificava a pandemia como uma “gripezinha”, permitir aglomerar e usar máscara era exagero. Disse que o presidente é irresponsável até para anunciar que está com Covid-19. “Poderia ter feito mais uma de suas lives, mas chamou coletiva de imprensa, colocando em risco os jornalistas”, criticou.

A líder do PSOL na Câmara, Fernanda Melchionna (RS), disse que Bolsonaro, mesmo testado positivo, insiste no discurso genocida de que coronavírus é como outra doença qualquer. “Insiste em propagar remédio que não tem evidência científica comprovada e diz que o aumento da morte de pessoas em casa é poque “o pânico também mata”. “A terra plana dá voltas e o presidente negacionista está sentindo na pele o peso de não confiar na ciência”, afirmou.