Entre os 100 parlamentares que comandam o processo decisório no Congresso, 71 são deputados e 29 são senadores. A avaliação foi feita pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) de fevereiro a junho.

Os parlamentares escolhidos consideraram importante a escolha de deputados de Oposição em um momento de tantos retrocessos promovidos pelo governo de Jair Bolsonaro no Brasil. "É uma imensa satisfação ser escolhido novamente. É um estímulo para continuar atuando pelos interesses do povo brasileiro e, principalmente, pela minha querida Bahia. Esse é o resultado de um mandato participativo, que luta pelos direitos dos trabalhadores e em favor dos interesses nacionais," relatou o líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (BA). 

Vice-líder da minoria, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) está pela décima vez consecutiva na lista dos 100 “Cabeças” do Congresso Nacional. "Em tempos de retrocessos, obscurantismo e machismo na política, estar nesta lista é um reconhecimento importante para este mandato da luta popular, que sempre esteve e continuará na linha de frente na defesa dos direitos do povo brasileiro, da educação e da aposentadoria no Brasil", afirma a parlamentar.

De volta à Câmara dos Deputados, Renildo Calheiros (PE) comemorou o resultado. "É uma agradável surpresa. Estou na Câmara há quatro meses, e figurar entre os 100 cabeças do Congresso me enche de motivação para continuar lutando. Em tempos tão difíceis como os que estamos vivendo, é importante nos mantermos firmes em defesa da democracia e na luta para garantia dos direitos do povo", afirmou o parlamentar pernambucano.

Os “Cabeças” do Congresso Nacional são, na definição do DIAP, aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de todas ou algumas das qualidades e habilidades descritas. Entre os atributos que caracterizam um protagonista do processo legislativo, segundo o órgão, está a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações, seja pelo saber, senso de oportunidade, eficiência na leitura da realidade, que é dinâmica, e, principalmente, facilidade para conceber ideias, constituir posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando sua repercussão e tomada de decisão. Enfim, é o parlamentar que, isoladamente ou em conjunto com outras forças, é capaz de criar seu papel e o contexto para desempenhá-lo.
Para a classificação e definição dos nomes que lideram o processo legislativo, o DIAP adotou critérios qualitativos e quantitativos que incluem aspectos posicionais (institucionais) reputacionais e decisionais.

O órgão entende como critério posicional ou institucional, o vínculo formal ou o posto hierárquico ocupado na estrutura de uma organização; o reputacional, a percepção e juízo que outras pessoas têm ou fazem sobre determinado ator político; e o decisional, a capacidade de liderar e influenciar escolhas.

De acordo com essa classificação, os “Cabeças” 2019 possuem 38 parlamentares articuladores, 25 debatedores, 21 negociadores, e 7 formuladores. Alice, Jandira e Orlando foram destacados por serem excelentes debatedores. Já Daniel por atuar como negociador e Renildo, como articulador.